As descobertas sobre o passado de Lisboa em geral, e sobre a dita «baixa pombalina» em particular, são constantes, e nem sempre assentam apenas em palavras, textos – também implicam frequentemente, e felizmente, objectos, testemunhos físicos que podem ser tocados. Neste âmbito, é de destacar o cais e o barco revelados pelas obras (de um novo parque de estacionamento, pela EMEL) no Campo de Cebolas, tendo estas obras já proporcionado, desde Setembro do ano passado, cerca de 900 contentores com achados arqueológicos – alguns deles remontando inclusivamente ao século XVI. Pode ser directamente relacionado com esta autêntica «exposição ao ar livre», relativa à longínqua e profícua relação da cidade com o seu rio, o livro «Cais da Pedra e Cais Real – Planos Joaninos para a Marinha de Lisboa», de Alexandra de Carvalho Antunes, publicado no final de 2016, e sobre o qual um artigo no Público, a 23 de Dezembro último, resumiu o fundamental – um «inventário» dos principais ancoradouros que efectivamente existiram na capital desde há mais ou menos 500 anos, mas também aqueles que foram planeados mas não concretizados, total ou parcialmente.
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Octávio dos Santos
OCTÁVIO DOS SANTOS Nasci em Lisboa a 16 de Abril de 1965. Segui Sociologia no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, onde fui um dos alunos a concluir o primeiro seminário (especialização) em comunicação daquela licenciatura. Iniciei-me no jornalismo em 1985 no jornal regional Notícias de Alverca. Estive nas revistas TV Mais e África Hoje, e ao serviço das revistas Cyber.Net, Inter.Face e Comunicações fui distinguido em 1998, 1999 e 2000 pelo Prémio de Jornalismo Sociedade da Informação. Colaborei também, entre outros, com A Capital, Diário de Notícias, Diário Digital, Diário Económico, Expresso, Fórum Estudante, O Diabo, Público, Seara Nova, Semanário, Tempo e Vértice. «Visões» foi a minha primeira obra editada - em 2003 em livro e em 2005 em disco. Em 2004 iniciei um projecto para a recriação em computador da Ópera do Tejo (destruída em 1755). Em 2006 é editado o meu segundo livro, escrito com Luís Ferreira Lopes: «Os Novos Descobrimentos». Em 2008 é editado «A República Nunca Existiu!», colectânea de contos, de que sou o criador, organizador e um dos 14 participantes. Em 2009 é editado «Espíritos das Luzes». [email protected]
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