… É, foi, segundo Daniel Santos Sousa, Manuel Maria Barbosa du Bocage, cujo aniversário do nascimento se celebra hoje, 15 de Setembro. Um excerto (o inicial) do seu texto no blog Corta-Fitas: «Bocage está para o século XVIII como Antero está para o século XIX e Pessoa para o século XX. A obra é a súmula do tempo que soube encarnar, o perfeito espírito daquele “galante século XVIII”. Um mundo de salões literários, da cultura de Corte, da paixão subtil, a época pós-Pombal, onde efervescem as grandes questões jurídicas e onde despontam as grandes discussões filosóficas. Como um mito permanece indecifrável. Um boémio, um libertino, também o ateu e, mais tarde, o reconvertido, o arrependido ferido de angústias. A sua morte encerra uma era, marcada pelo culto da cultura clássica, do espírito erudito, da paixão aristocrática, já no pronúncio do fim dos doces anos do “reinado mariano”. Não se conformando com o conforto sofreu as vicissitudes de uma vida desregrada e livre. Também a rivalidade com José Agostinho de Macedo não deixa de ser sintomática dos caracteres: são duas mundividências que se conflituam.» Poder-se-á perguntar se DSS terá lido um determinado livro, e não apenas por aquela primeira frase.
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