É inaugurada hoje, 17 de Maio de 2019, a exposição «O Lugar do Torreão – Imagem de Lisboa», no próprio espaço que é o tema da iniciativa: o Torreão Poente da Praça do Comércio na capital. Encerrará em Outubro, e depois o secular edifício será objecto de obras de restauro e de requalificação, devendo reabrir, renovado, talvez no primeiro semestre de 2021.
A exposição tem como objectivo contar «o passado e o futuro (…) (de) um dos símbolos arquitectónicos e urbanísticos de Lisboa. A história começa nos primeiros anos do século XVI, quando D. Manuel mandou construir um novo palácio real, rematado, já dentro das águas do rio, por uma construção de aspecto militar: o Torreão do Paço da Ribeira. (…) Encontrando-se em ruínas o edifício manuelino, Filipe II decidiu fazer um novo Torreão, um volume autónomo presidindo sobre a praça que se lhe erguia a nascente, o Terreiro do Paço. Depois de 1640, o reino recuperou a independência e o monarca voltou a habitar o Paço da Ribeira. O Torreão sobreviveu incólume à mudança de regime e assim chegou a 1755, ano em que desapareceria pela segunda vez. O terramoto destruiu a materialidade do edifício, mas não a força da sua memória. Por isso, a cidade pombalina que se ergueu sobre os escombros mudou a função do Terreiro do Paço (agora Praça do Comércio), mas voltou a dar corpo arquitectónico ao Torreão, desta vez duplicando-o, nos extremos nascente e poente da nova praça.»
A exposição, cujo folheto inclui uma versão do texto de apresentação em Inglês (preferível à que está em «português acordizado»), tem como comissionário Nuno Senos e como coordenadores Joana Sousa Monteiro e Mário Nascimento. A ler também sobre o assunto textos n’O Corvo e no Público.