Foi um dos grandes acontecimentos, e uma das grandes surpresas, musicais de 2017, e é de esperar que o seu impacto continue em 2018 e até nos anos seguintes… A 3 de Novembro último os Moonspell lançaram o seu mais recente álbum, e tal constituiu um acontecimento e uma surpresa não só porque se intitula «1755» – sim, tem como tema o grande e terrível terramoto de Lisboa naquele ano, pelo que se trata, pode dizer-se, de um álbum conceptual – mas também porque é cantado totalmente em Português – a primeira vez que tal acontece na carreira do popular e prestigiado grupo de «metal pesado» nacional. Depois de «Extinto» («Extinct», 2015) e de «Alfa Negro» («Alpha Noir», 2012), as expectativas não poderiam ser mais elevadas.
Esta aventura musical pelo passado – e pelo pesadelo – protagonizada por Fernando Ribeiro, Ricardo Amorim, Aires Pereira, Pedro Paixão e Miguel Gaspar é contada em dez canções, dez capítulos: «Em Nome do Medo», «1755», «In Tremor Dei», «Desastre», «Abanão», «Evento», «1 de Novembro», «Ruínas», «Todos os Santos» e «Lanterna dos Afogados». Depois de ensaios e de preparação no seu «quartel-general» apropriadamente denominado «Inferno», os Moonspell deram os primeiros concertos de apresentação do novo trabalho em Lisboa (30 e 31 de Outubro) e no Porto (1 de Novembro). Neste ano, em Janeiro e em Fevereiro, as suas «ondas de choque» sonoras começarão por ser sentidas na Alemanha, Holanda, Suíça e França.