O tricentenário do nascimento de Luís António Verney foi há mais de dois anos, mas isso não significa que tenham cessado as consequências e os efeitos da evocação daquela efeméride… que, nunca é de mais recordar, em 2013 aconteceu por minha iniciativa não só em Lisboa – com o congresso (acrescido de exposição) realizado na Biblioteca Nacional de Portugal – mas também no Porto e em Évora. O evento na Cidade Invicta revestiu-se, recorde-se, de características especiais, pois incidiu preferencialmente na faceta de poeta do autor de «Verdadeiro Método de Estudar»…
… E, neste âmbito, há uma novidade que merece ser divulgada: esta semana Francisco Topa, professor e investigador na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, enviou-me uma mensagem dando-me conta da publicação de um artigo seu sobre o assunto numa publicação brasileira: a Letrônica, revista digital do programa de pós-graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Intitulado «E as fontes de longe miram – A lentidão da historiografia literária, a poesia de Verney e o que falta fazer», o texto parte «de uma observação sobre o descompasso entre o tempo da investigação literária e o tempo da historiografia literária» para rever «o problema da poesia atribuída a Luís António Verney e sugere uma inversão da perspectiva».