… E a manjerona: os Músicos do Tejo levam ao palco do pequeno auditório do Centro Cultural de Belém nos próximos dias 10 (às 19 horas) e 11 (às 17) de Dezembro a ópera «joco-séria» de António José da Silva (letra) e António Teixeira (música) «As Guerras do Alecrim e da Manjerona», estreada em 1737 no Teatro do Bairro Alto aquando do Carnaval daquele ano. Marcos Magalhães e Marta Araújo, líderes daquele grupo de música barroca, descrevem assim aquela ópera e o espectáculo que a partir dela vão proporcionar: «Trata-se de uma obra-prima do teatro e da música portuguesa e de importância fulcral na nossa cultura. Os Músicos do Tejo apresentam agora uma nova versão de concerto, mas que irá privilegiar o texto e o jogo teatral. Nesta “opera ao gosto portuguez”, como era denominado, na época, este género de teatro falado em português e com vários números musicais cantados com acompanhamento orquestral, encontramos um equilíbrio perfeito entre comicidade de texto, personagens e situações, beleza literária e musical, assim como de ritmo de desenvolvimento e estruturação da obra. O seu tom vai sempre variando entre múltiplos estratos: grotesco, sublime, dramático, pastoral, satírico, entre outros que se misturam num estilo que, por vezes, é rico de algo que, de maneira intuitiva, chamamos de “castiço”, mesmo que essa palavra com tanto significado para os portugueses, seja, no fundo, tão misteriosa.» Não será de surpreender, e à semelhança do que já aconteceu com os MdT em ocasiões anteriores, que estas duas apresentações no CCB sejam o ponto de partida, o pretexto, a base, para uma gravação em disco(s), a editar talvez já em 2022.
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Octávio dos Santos
OCTÁVIO DOS SANTOS Nasci em Lisboa a 16 de Abril de 1965. Segui Sociologia no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, onde fui um dos alunos a concluir o primeiro seminário (especialização) em comunicação daquela licenciatura. Iniciei-me no jornalismo em 1985 no jornal regional Notícias de Alverca. Estive nas revistas TV Mais e África Hoje, e ao serviço das revistas Cyber.Net, Inter.Face e Comunicações fui distinguido em 1998, 1999 e 2000 pelo Prémio de Jornalismo Sociedade da Informação. Colaborei também, entre outros, com A Capital, Diário de Notícias, Diário Digital, Diário Económico, Expresso, Fórum Estudante, O Diabo, Público, Seara Nova, Semanário, Tempo e Vértice. «Visões» foi a minha primeira obra editada - em 2003 em livro e em 2005 em disco. Em 2004 iniciei um projecto para a recriação em computador da Ópera do Tejo (destruída em 1755). Em 2006 é editado o meu segundo livro, escrito com Luís Ferreira Lopes: «Os Novos Descobrimentos». Em 2008 é editado «A República Nunca Existiu!», colectânea de contos, de que sou o criador, organizador e um dos 14 participantes. Em 2009 é editado «Espíritos das Luzes». [email protected]
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