Mais um ano que passa desde a grande tragédia do século XVIII, mais um ano que passa desde a destruição do Teatro Real do Paço da Ribeira… mais uma ocasião para informar sobre a situação do projecto que eu iniciei há cinco anos.
Como relatei aqui em Fevereiro, a recriação virtual da Ópera do Tejo evoluiu, expandiu-se – entretanto também com um sítio na Internet próprio – para a recriação virtual da Lisboa Pré-Terramoto 1755. Porém, o correspondente, e reformulado, projecto, denominado «Cidade e Espectáculo – Uma Visão da Lisboa Pré-Terramoto», apresentado à Fundação para a Ciência e Tecnologia no âmbito de um concurso de projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, não foi, surpreendentemente, aprovado pelo respectivo júri. Ou seja, não nos foi concedido o (avultado mas justificado) financiamento que havia sido requerido, e que nos permitiria realizar um trabalho de ainda maior qualidade. No entanto, não está afastada a probabilidade de voltarmos a concorrer numa próxima edição do mesmo concurso.
Se a nível nacional a nossa iniciativa não está a ter todo o reconhecimento que merece, a nível internacional está a começar a deixar uma boa impressão: marcámos presença (a 12 de Setembro) em Viena no VSMM 2009 – 15ª Conferência Internacional sobre Sistemas Virtuais e Multimédia, e (a 21 de Setembro) em Varsóvia no Congresso Internacional sobre a Cultura do Barroco Espanhol e Ibero-Americano e o seu Contexto Europeu; para além disto, a Ópera do Tejo/Lisboa Pré-1755 é a base que possibilitou à – portuguesa e nossa associada – Beta Technologies desempenhar o papel principal no desenvolvimento da fase 3 do projecto Theatron.
Neste ano que passou surgiram igualmente novas informações, e especulações, de que, afinal, até podem ter subsistido partes – concretas, físicas! – da Ópera do Tejo. Uma hipótese extraordinária, inesperada, que, obviamente, iremos analisar atentamente.